Em setembro de 2020, de acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), foi confirmada a tendência de crescimento dos planos de saúde médico-hospitalares. Com o avanço de 0,3% em 12 meses, o setor voltou a ultrapassar 47 milhões de vínculos. Foram 124 mil novos beneficiários nesse mesmo período.
Além das novas contratações — o que justifica grande parte das novas adesões, uma vez que a saúde suplementar tem uma relação direta com o número de empregos formais —, a crise sanitária expôs a necessidade de repensar os hábitos de vida, o que inclui exames e consultas de rotina. Apesar do setor de planos médico-hospitalares apresentar reação, a análise requer cautela, pois alguns países voltaram a apresentar crescimento no número de casos do novo coronavírus.
Enquanto a pandemia persiste, os avanços na telemedicina reforçam que a tecnologia é o caminho mais seguro para inovar e agregar valor ao atendimento médico. Foi na quarentena que a consulta por videochamada tornou-se popular e certamente será a ferramenta mais usada em casos de baixa complexidade, retornos médicos e acompanhamento de pacientes crônicos. Aqui vale a pena a reflexão de como foi a aceitação dos pacientes da clínica em relação ao atendimento online e os ajustes necessários para que ele continue crescendo em 2021.
Com a população passando mais tempo conectada, a presença online do especialista passa a ser mais requisitada. É recomendado, além do site estático, ter uma página na internet que possa agregar facilidades (agendamentos, redes sociais) e informações técnicas (artigos, vídeos e ebooks). Os pacientes estão mais exigentes, por isso, as reclamações e elogios podem vir de forma virtual e é importante criar o hábito de acompanhar estas opiniões.
O que esperar da gestão pós-pandemia, considerando que ela se inicie no segundo semestre de 2021? À medida que a população for vacinada e que as pessoas estiverem adaptadas à nova rotina, o que inclui o trabalho remoto, a parcela que não procurou atendimento médico neste período voltará a buscar tratamentos, muitos deles interrompidos. A atenção à saúde mental será indispensável a todas as especialidades, especialmente aquelas voltadas a crianças e idosos. Mas nada voltará a ser como antes: consultas online, exames e vacinas podem ser realizados em casa, por tempo indeterminado.