Se operar no vermelho foi uma realidade em 2019, é preciso entender a saúde financeira de seu consultório e redefinir estratégias para o novo ano com juros mais baixos e cada vez mais longe do atual endividamento.
O livro Investimentos para Médicos: Deixe o dinheiro dar plantão por você (Ed. Sanar, 2016), fala sobre a percepção de que tem havido, nos últimos anos, do “achatamento” da remuneração média dos profissionais de medicina.
A publicação sugere algumas possibilidades para este cenário, como perda do poder de barganha frente aos planos de saúde, maior concorrência com outros médicos em razão do número de faculdades de medicina no Brasil e remunerações relativamente baixas para aqueles que escolhem trabalhar no serviço público.
Os autores também citam a necessidade de pagamento de uma carga crescente de impostos e a realidade de médicos recém-formados que precisam aceitar remunerações menores até que consigam subir de patamar na carreira.
Juros altos
À medida que a remuneração sofre queda, aumenta a possibilidade da classe médica depender de empréstimos e financiamentos para equilíbrio da vida pessoal e investimentos na oferta de serviços em saúde.
Até mesmo os profissionais com salários mais altos podem ter dificuldades em gerenciar as finanças por falta de tempo e conhecimento técnico na administração do próprio negócio.
O empréstimo pessoal, embora seja uma modalidade prática para obter recursos, pode se tornar uma armadilha caso a escolha seja feita precipitadamente. Os juros altos, nesse caso, não são analisados e podem pesar no orçamento.
Investir para crescer
De acordo com o Sebrae Nacional, para expandir os negócios, micro e pequenos empresários não só podem, como devem, acessar linhas de crédito específicas tanto para o segmento quanto para a finalidade que se quer alcançar com o recurso.
Antes de fazer a solicitação em uma instituição financeira, é importante analisar qual é a real necessidade do empréstimo ou financiamento. O profissional da saúde precisa pesquisar qual linha e banco melhor atendem ao projeto, elaborando um plano de negócios.
Uma dica do Sebrae: o banco quer correr o menor risco possível. Por isso, é fundamental elaborar um estudo com a análise de mercado, produto, operação e finanças, mostrando a viabilidade do projeto e a sua capacidade de pagamento.