Para alguns, toda pequena empresa pode ser considerada startup em seu período inicial de formação. Para outros, o que define startup é ser um negócio inovador, com possibilidade de rápido crescimento e faturamento alto. O que muitos concordam é que as startups trabalham em cenário de incertezas, mas com potencial de caminhar de forma ilimitada, especialmente se envolver tecnologia.
De acordo com o Sebrae, a área da saúde movimenta cerca de US$ 9 trilhões anualmente, com atenção especial ao cenário brasileiro que tem se mostrado como um dos mais promissores para os próximos anos.
“O futuro da área começa a ser redesenhado com a aplicação de novas tecnologias em um ambiente caracterizado pela insuficiência na prestação de serviços e pela alta demanda. Novos players perceberam essa oportunidade e estão trazendo outros modelos de negócios para esse mercado, como as health techs”, divulga o Sebrae Santa Catarina.
O que são as health techs
Startups voltadas ao setor da saúde, as health techs estão espalhadas em iniciativas que envolvem vacinas, medicamentos, prevenção, agendamento de exames, entre outras aplicações. Negócios inovadores que despontaram muito antes da pandemia, mas que identificaram na crise oportunidades para aproximar pessoas de consultas e procedimentos.
O CUCOHealth, aplicativo de engajamento de pacientes em tratamentos médicos, e a Sami, operadora de planos de saúde, são exemplos de negócios que unem tecnologia e qualidade de vida.
Vantagens aos usuários
É natural associar as health techs à democratização do acesso da população brasileira à saúde. Com a chegada da pandemia por aqui, as pessoas rapidamente buscaram soluções tecnológicas para iniciar ou dar continuidade a tratamentos. E foi justamente com o aumento do número de casos da Covid-19 que a telemedicina ganhou campo, quebrando a resistência de pacientes e especialistas.
Conforme levantamento divulgado no final do ano passado, realizado pela empresa de inovação aberta Distrito e com o apoio da consultoria KPMG, o Brasil conta com 542 health techs. Metade delas possui menos de cinco anos de operação e ainda estão em seus primeiros estágios de desenvolvimento. Ainda assim, o volume de investimentos aportados nestas empresas brasileiras é significativo: desde 2014, elas receberam US$ 430 milhões.
O levantamento também mostrou que as health techs têm desempenhado um papel muito importante na luta contra a pandemia. O relatório listou 53 startups que apresentaram aplicações diretas e indiretas de combate ao vírus.