O período em que o mundo passa é difícil e desafiador. No Brasil, para manter as atividades sem grandes impactos econômicos, muitas empresas estão adotando medidas como o home office, no qual os funcionários prestam serviços em suas residências. Na área médica também é possível utilizar a tecnologia para acompanhar pacientes que estejam em casa.
Desde o dia 19 de março de 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou em caráter excepcional a telemedicina, prática em que o suporte médico aos pacientes é realizado por meio do computador, por teleconferência. A última regulamentação dessa prática, abordava itens como teleconsulta e telecirurgia, contudo foi vetada em 2019, pois alguns médicos criticaram as práticas, alegando que a resolução foi pouco discutida e que a relação presencial para exame clínico dos pacientes, seria afetada. Assim, as regras que voltaram a valer foram as aprovadas em 2002, que abrangem assistência, educação e pesquisa para saúde. A partir de agora, como medida emergencial até o fim da crise, estarão permitidas práticas da telemedicina como:
- Teleorientação: permite a orientação para pacientes à distância.
- Telemonitoramento: supervisão médica, monitorando saúde e/ou doença.
- Teleinterconsulta: a troca de informações entre médicos.
Mas afinal, o que é telemedicina? Quais são os benefícios? E quais são as legislações no Brasil sobre a prática?
Definição
Segundo o CFM, a telemedicina é o exercício da medicina por meio da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.
Em outras palavras, a telemedicina faz uso da tecnologia para realizar o acompanhamento de pacientes, interpretar exames, divulgar e compartilhar avanços na medicina em âmbito nacional e internacional. São utilizadas plataformas digitais, softwares e equipamentos como computadores, tablets e smartphones entre outros equipamentos para a execução das atividades.
O tema gera diversas opiniões, pois a telemedicina não pode substituir processos médicos presenciais em sua totalidade e deve ser feito por profissionais da área. Porém, pode ser usada como alternativa para quebrar barreiras geográficas e limitações de épocas atípicas como a que muitos países passam agora.
Benefícios
São diversos os benefícios que a telemedicina pode trazer, tanto para os médicos, quanto para pacientes, sejam eles do setor público ou privado.
- Quebra de barreiras geográficas (o paciente pode ser monitorado em qualquer lugar do mundo);
- Otimização de tempo;
- Agilidade no atendimento e agendamento de consultas;
- Economia com deslocamentos, como gastos com transportes e gasolina;
- Custos reduzidos;
- Aumento da capacidade de serviços;
- Agilidade na entrega de laudos;
- Aumento de produtividade;
- Compartilhamento mundial de informações para o avanço da medicina;
Legislação
A resolução que está em vigor e regulamenta os serviços de telemedicina é a CFM Nº 1.643/2002 que aborda a necessidade de estrutura e profissionais qualificados para o exercício da atividade.
Uma ação do Ministério da Saúde foi a criação do Telessaúde Brasil Redes, com o intuito de melhorar o atendimento da saúde pública (SUS), que atende pela Portaria Nº 2.546/11.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também possui normas para regulamentar o uso de aparelhos e equipamentos de algumas áreas específicas, como estabelece a resolução RDC Nº 302.
De maneira geral, a telemedicina é uma prática a ser avaliada, e o momento atual pode ser um teste para estudo e aprimoramento. Os benefícios são vários e muitos países já utilizam. A telemedicina pode ser uma aliada a mais para que os médicos continuem salvando vidas – assim como é a Contmed, que está à disposição para trazer informações sobre a área de maneira consultiva.