Escrever para outros médicos ou para pacientes é uma realidade com a autopublicação de livros. Com o mercado editorial abalado pela pandemia, assim como outros setores, o acesso às editoras tradicionais ficou ainda mais distante e o lançamento por conta própria pode ser uma boa experiência.
Editar uma obra nem sempre tem motivação econômica e, no caso da autopublicação, o interesse pode vir de uma satisfação pessoal e também de uma ação de marketing. É possível fazer a divulgação nas redes sociais, presentear pacientes e até mesmo palestrar sobre a obra.
Livros digitais ou publicações impressas?
Para que o livro possa ser comercializado ou disponibilizado em plataformas, seja ele impresso ou digital, é exigido o número de ISBN, um código de identificação da sua publicação. Pode ser requerido pelo próprio autor ou editora, com mais informações neste link.
Se a intenção for cuidar da própria distribuição, o ISBN não é exigido. O registro da obra, no entanto, é fortemente recomendado para evitar plágio e garantir seus direitos autorais. Esta etapa é feita na Biblioteca Nacional, mediante cadastro e pagamento de taxa. Em razão da pandemia, as correspondências enviadas durante este período serão protocoladas, posteriormente, quando for retomado o trabalho presencial.
Outra questão que envolve a decisão por uma obra digital ou física é o valor investido. Hoje em dia não é mais necessário encomendar um volume alto de exemplares com a chegada de gráficas sob demanda, que imprimem a partir de uma única venda ao consumidor. Com isso, a diferença entre produzir uma obra para ser lida na tela ou no papel cai consideravelmente.
Por onde começar?
Revisite suas anotações, entenda qual é o principal objetivo da sua publicação. Saiba que a conexão com o paciente pode vir também das páginas de um livro. E qual mensagem deseja deixar: prevenção, motivacional, informar sobre qualidade de vida? Com um foco claro, é hora de pensar na redação, revisão, diagramação e escolha das imagens e fotos. Todo este processo pode ser amparado por profissionais especializados.
O processo de escrita é interessante e nem sempre o narrador precisa ser o próprio médico. É possível abordar a área da especialidade em contos, histórias inspiradas em pacientes e na rotina de atendimentos. Publicar um livro é um processo prazeroso e de cura para quem o escreve e também para quem o lê.