Os perfis de liderança podem ser agrupados de várias formas, mas os mais comuns mostram que não é somente um modelo que trará resultados desejados na equipe. Reunimos quatro tipos de liderança:
Autocrática: com foco no próprio líder, o gestor tende a centralizar todas as decisões e ideias, deixando pouco espaço para participação da equipe. Com este perfil tão dominador, profissionais mais inseguros passam a evitar qualquer tipo de conflito, evitando até mesmo expor as dificuldades que estão enfrentando em suas funções. Sem abertura ao diálogo, o funcionário enxergará pouco espaço de atuação. A alta rotatividade na empresa é um dos sinais e consequências desta liderança.
Mas existe o lado bom em ser um líder dominador? Situações de crise e conflito exigem tomadas rápidas de decisão. Nesses momentos, a liderança autocrática torna-se necessária. Mas, no dia a dia, essa atuação leva à frustração e faz com que os funcionários apresentem tensão e agressividade, além da falta de motivação e consequente mudança de emprego.
Liberal: se você costuma pregar a liberdade de atuação aos seus colaboradores, provavelmente seu estilo de liderança se encaixa aqui. Ao contrário do autocrático, o foco não está no líder, mas nas pessoas lideradas, pois serão elas as tomadoras de decisões. Há um entendimento de que os profissionais são maduros ao ponto de dispensarem acompanhamento constante.
Se a liberdade de atuação é estabelecida, seus funcionários, ao contrário do que ocorre na gestão autocrática, estarão sempre motivados e dispostos a buscar soluções, certo? Nem sempre, alertam especialistas. Esta flexibilidade, com o passar dos dias, e sem a necessidade de prestar contas ao gestor ou outro cargo de chefia, faz com que os colaboradores se tornem individualistas, podendo impactar na produtividade.
Democrática: neste estilo de liderança, o médico tomará a decisão final a partir da participação de todos os funcionários. Com base no feedback dos envolvidos na ação ou projeto, este gestor receberá bem as ideias e reconhecerá facilmente os talentos que estão por trás delas. A motivação torna-se natural e renovável, fazendo com que a admiração por este tipo de líder ocorra.
Além da preocupação com o resultado, este perfil de liderança se preocupa com a qualidade de vida e a satisfação de seus colaboradores. A forma de conduzir o dia a dia do consultório neste estilo exige do médico um estilo mais participativo, encorajando a coleta de novas ideias. Essa postura torna a comunicação extremamente necessária para que o tom facilitador se sobressaia.
Coaching: considerado um estilo atual de liderança, o coach terá como foco a performance dos colaboradores. Caberá a ele identificar as potencialidades de cada membro da equipe e, como um treinador, distribuirá as funções conforme a vocação de cada um, estimulando uma visão positiva do futuro no trabalho. Aqui cabe um cuidado: o foco unicamente em performance pode deixar de lado bons profissionais que estejam apresentando, momentaneamente, baixo desempenho.
Mais do que defender um único padrão de gestão, os perfis de liderança precisam aplicar, em comum, a flexibilidade, pois os funcionários são pessoas diferentes, com características que precisam ser respeitadas e impulsionadas, de acordo com a ocasião.